segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Te sinto como uma sombra,
Pelo vazio em que a casa caiu...
Toco seu rosto, olho nos seus olhos e ainda me espanto,
Sem ter pra onde ir, medito, junto com as plantas do quintal!
Não corro porque quebrei minhas próprias pernas numa corrida desesperada,
E só alcancei nesta estrada desespero e dor e vazio e saudade...........................
Devo me transformar num zumbi celibatário daqui a frente
Mesmo que ache o excesso em outra parte que não em ti!
Me transformarei num miserável platônico contigo!!!!

Que esse fósforo me queime é só uma constatação que
Pode muito bem não se repetir. Ainda assim!
A leitura de ti e de mim apresenta o mundo e a morte,
Não dois diferentes, mas coexistindo juntos e separados!
Todas as janelas de alumínio e toda a perfídia e amargor
Recheadas nesta casa desabitada durante as horas vazias, durando!
Que eu não possa mais criar minhas rãs embaixo das axilas
E lhe oferecer rosas negras, com um hálito mortificante...

Que a morte seja adorada como segunda possibilidade,
Novas ligações e virtualidades não anunciadas,
Que você atrevesse minha superfície opaca, esta poça que sou!
Minha querida Alice caindo por dentro da minha pele, escorregando...
Meu amor, eu viverei sempre o que amo, e eu amo você!

2 comentários:

Cristiano Contreiras disse...

A poesia reina, em absoluta sensibilidade, por aqui. Tudo me cativa. abs

Lílian Alcântara disse...

cai aqui por acaso, te encontrei pelo mko, e estou fascinada, lindos versos...